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Nigéria adia eleições presidenciais

8 de fevereiro de 2015

Por medo de atentados da milícia terrorista Boko Haram, Nigéria decide adiar eleição presidencial. Críticos veem no adiamento uma manobra eleitoral para a reeleição do atual presidente. Boko Haram ataca cidade no Níger.

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Wahlkampf in Nigeria 2015
Foto: AFP/Getty Images/P. Utomi Ekpei

Devido à continuação das lutas contra a milícia terrorista islâmica Boko Haram, as eleições presidenciais e parlamentares da Nigéria foram adiadas em seis semanas, anunciou neste sábado (07/02) o presidente da comissão eleitoral em Abuja.

Em vez de serem realizadas no próximo dia 14 de fevereiro, as eleições deverão acontecer no dia 28 de março, informou a comissão após horas de reuniões. Segundo a comissão, preocupações com a segurança dos eleitores não permitem a manutenção da data inicial.

O atual presidente nigeriano, Goodluck Jonathan, espera se reeleger para um segundo mandato. Críticos veem no adiamento uma manobra do atual presidente e de seu Partido Democrático Popular (PDP) para tentar ganhar mais tempo.

Nos últimos levantamentos, o seu principal concorrente, Muhammadu Buhari, da aliança oposicionista Congresso de Todos os Progressistas (APC), havia avançado nas pesquisas.

De acordo com o secretário de Estado americano, John Kerry, os EUA estão "profundamente decepcionados" com o adiamento eleitoral. Influenciar politicamente a comissão eleitoral nigeriana é algo inaceitável, afirmou Kerry, explicando que o governo em Abuja não deve usar a preocupação com a segurança como desculpa para impedir o desenvolvimento democrático do país.

Enquanto isso, a Nigéria e seus países vizinhos decidiram formar uma tropa de 8.700 homens para combater a milícia radical islâmica Boko Haram, que há cinco anos luta para instalar uma teocracia islâmica no norte da Nigéria. Além da Nigéria, os extremistas ameaçam também os países vizinhos Chade, República dos Camarões e Níger.

Neste domingo, foi registrado no Níger mais um ataque do Boko Haram à cidade fronteiriça de Diffa. O Exército do país conseguiu repelir o ataque dos extremistas, mas as lutas continuam numa ponte próximo à cidade, informaram fontes militares.

CA/rtr/afp