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Obama pede retirada de Cuba da lista do terrorismo

14 de abril de 2015

Presidente americano comunica intenção ao Congresso, que terá 45 dias para analisar o assunto. Medida é o mais importante passo no processo de restabelecimento das relações diplomáticas entre Washington e Havana.

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Foto: Reuters/Jonathan Ernst

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, comunicou nesta terça-feira (14/04) ao Congresso que pretende retirar Cuba da lista de estados que patrocinam o terrorismo. A medida é a principal exigência do governo em Havana nas negociações para o pleno restabelecimento das relações diplomáticas entre os dois países.

O Congresso terá agora 45 dias para analisar a decisão de Obama e, em caso de desacordo, poderá apresentar um projeto de lei para tratar de revogar a medida do presidente. Há resistências por parte dos republicanos, mas eles dificilmente alcançarão a maioria de dois terços necessária para bloquear a decisão.

A decisão de Obama ocorre apenas três dias depois de sua histórica reunião com o presidente de Cuba, Raúl Castro, durante a 7ª Cúpula das Américas, no Panamá.

Em sua mensagem ao Congresso, Obama certifica que o governo de Cuba "não tem proporcionado nenhum apoio ao terrorismo internacional durante os últimos seis meses" e que existem "garantias de que não respaldará atos de terrorismo internacional no futuro". Obama tomou a decisão depois de receber uma recomendação de seu secretário de Estado, John Kerry.

Cuba integra a lista desde 1982. Os demais países na relação são Irã, Sudão e Síria. Cuba foi incluído na lista por apoiar as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). Washington e Havana anunciaram em 17 de dezembro de 2014 um acordo para retomar as relações diplomáticas rompidas desde 1961 e negociam desde final de janeiro a reabertura de embaixadas.

FC/dpa/rtr/afp/ap/efe