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Boko Haram ataca metrópole na Nigéria

30 de maio de 2015

Ofensiva dos fundamentalistas islâmicos, com 11 mortos, um dia após a posse do novo presidente, Buhari, é interpretada como gesto de desafio. Boko Haram já tenta fundar Estado islâmico na Nigéria há seis anos.

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Foto: picture alliance/AP Photo

A seita terrorista Boko Haram atacou neste sábado (30/05) a cidade de Maiduguri, de 2 milhões de habitantes, apenas um dia após o empossamento de Muhammadu Buhari. Observadores interpretam a ação como uma demonstração de poder diante do novo presidente da Nigéria.

Os moradores do subúrbio da zona sul Dala foram acordados pouco depois da meia-noite (hora local) por mísseis antitanques. Testemunhas oculares relatam que centenas de milicianos do Boko Haram avançaram sobre Maiduguri, capital do estado de Borno.

Segundo um membro da guarda civil, pelo menos sete pessoas morreram quando uma granada atingiu uma casa. As forças de segurança falam de um total de 11 mortos. Pouco depois do ataque dos fundamentalistas islâmicos, o Exército nigeriano anunciou que tinha "tudo sob controle".

Desafio a Buhari?

O Boko Haram luta desde 2009 pela fundação de um Estado islâmico no norte da Nigéria, onde a maioria da população é muçulmana. Segundo dados das Nações Unidas, mais de 15 mil já morreram nos conflitos provocados pelos islamistas, e 1,5 milhão de pessoas estão desabrigadas.

A Nigéria recebe atualmente ajuda militar dos países vizinhos Camarões, Níger e Chade. Desde fevereiro o Exército nacional registrou diversas vitórias, graças a esse apoio militar

Nigeria Präsident Goodluck Jonathan und Muhammadu Buhari
Muhammadu Buhari (dir.) e seu antecessor, Goodluck JonathanFoto: Reuters/Afolabi Sotunde

Porém o Boko Haram não desiste: aparentemente o anúncio do novo chefe de Estado de que pretende investir decididamente contra a milícia islamista até mesmo incitou os radicais ainda mais a atacarem a metrópole de Maiduguri.

Buhari, que já governou a Nigéria de 1983 a 1985, após um golpe militar, se impôs contra o presidente de longa data Goodluck Jonathan nas eleições do final de março, numa vitória surpreendente.

AV/afp/rtr/ap