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Boko Haram desafia novo presidente na Nigéria

5 de junho de 2015

Em sua primeira semana no poder, Muhammadu Buhari vê nordeste do país ser alvo de série de ataques contra civis e militares, que deixaram mais de cem mortos e são interpretados como demonstração de força dos extremistas.

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Soldados patrulham fronteira nordeste da Nigéria
Foto: Getty Images/AFP/I. Sanogo

A primeira semana de Muhammadu Buhari na presidência da Nigéria foi marcada por uma série de atentados terroristas, o mais recente deles nesta sexta-feira (05/06), que deixou pelo menos 45 mortos num mercado popular na cidade de Yola, no nordeste do país.

Estima-se que os ataques, todos atribuídos ao Boko Haram, já tenham deixado mais de cem mortos no país. Eles são interpretados como uma demonstração de poder da organização extremista perante o novo presidente, que tomou posse na sexta-feira passada (29/05).

O ataque desta sexta-feira foi realizado por dois terroristas. Eles foram ao mercado mais movimentado da cidade, simularam uma briga até que pessoas se aproximassem e detonaram os explosivos presos a seus corpos.

Duas horas antes, a cerca de 400 quilômetros de Yola, também no nordeste do país, oito soldados foram mortos quando um carro foi jogado contra um posto de controle militar em Maiduguri.

Selbstmordanschlag in Maiduguri, Nigeria
Alvo de série de ataques, Maiduguri passou a sediar a central de comando militar da NigériaFoto: AFP/Getty Images/Stringer

Buhari ordenou que a central de comando militar fosse transferida de Abuja para Maiduguri, onde o Boko Haram foi fundado, em 2002. Desde então, o Exército vem sendo constantemente testado pelos extremistas.

Na última semana, a cidade foi alvo de dois foguetes, e uma bomba explodiu do lado de fora de uma instalação militar, deixando 18 pessoas mortas. Houve também dois ataque suicidas – um numa mesquita no sábado, que matou 26, e outro num mercado, que fez 13 vítimas.

A onda de violência atinge seu ápice no momento em que Buhari volta de sua primeira viagem ao exterior. Ele foi aos vizinhos Chade e Níger em busca de cooperação no combate ao extremismo do Boko Haram.

RPR/rtr/ap/afp