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Anvisa amplia lista de produtos Kinder proibidos no Brasil

28 de abril de 2022

Chocolates produzidos na Bélgica tiveram comercialização proibida por risco de estarem contaminados com salmonela e estão sendo recolhidos. Produtos fabricados no Brasil não foram afetados.

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Foto dos chocolates
O chocolate é fabricado nos sabores cacau e branco e ambos estão proibidos no BrasilFoto: Sebastien Muylaert/picture alliance

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aumentou a lista de chocolates da marca Kinder proibidos de serem comercializados no Brasil por risco de estarem contaminados com salmonela.

Em nova resolução publicada nesta quarta-feira (27/04), a agência inclui todos os produtos de nome Schoko-Bons procedentes da Bélgica, uma vez que a empresa Ferrero do Brasil informou ter identificado a comercialização de lotes desses produtos importados por terceiros para o Brasil. O chocolate é fabricado nos sabores cacau e branco e está disponível em embalagens de 46g, 125g, 200g e 300g.

Pela norma anterior, publicada em 20 de abril, estavam proibidos apenas os Schoko-Bons brancos. Os produtos fabricados no Brasil não representam riscos e estão liberados para consumo.

Segundo a Anvisa, o consumidor que tenha adquirido algum produto da marca deve verificar no verso da embalagem se ele foi fabricado na Bélgica. Caso o item tenha essa procedência, não deve ser consumido e a empresa Ferrero deve ser contatada.

A agência também informou que segue acompanhando atentamente o caso e "adotando as medidas necessárias para que a população brasileira não seja exposta a riscos".

Ferrero recolhe chocolates

A Ferrero do Brasil informou, em nota, que está recolhendo de forma voluntária e preventiva todos os lotes fabricados na Bélgica dos bombons de chocolate com recheio de leite e avelã Kinder Schoko-Bons com data de validade máxima até 08 de novembro de 2022, em embalagens de qualquer tamanho. 

A empresa comunicou que não comercializa este produto no Brasil, mas que tomou conhecimento de que uma "empresa terceira", com a qual "não mantém relação comercial", importou esse tipo de chocolate, que também está sendo recolhido no exterior.

Segundo a Anvisa, o recolhimento voluntário é uma medida preventiva, que visa a imediata e eficiente retirada de lotes de produtos do mercado de consumo.

Entenda o caso

No início de abril, a Ferrero teve que interromper temporariamente a produção de chocolates em sua fábrica em Arlon, no sul da Bélgica, devido a mais de 100 casos de salmonela em vários países da Europa.

Por meio de comunicado, a Agência Belga de Segurança Alimentar (Afsca) suspendeu a licença de produção na fábrica e ordenou o recolhimento de todos os produtos produzidos no local, independentemente do lote e da data de fabricação.

Isso incluiu todos os Kinder Surprise, Kinder Mini Eggs, Kinder Suprise Maxi e bombons fabricados na planta. De acordo com a Afsca, a Ferrero não havia fornecido informações suficientes para a investigação do caso e a fábrica só poderá reabrir depois que todas as regras e requisitos de segurança alimentar forem atendidos.

A Ferrero anunciou anteriormente que a salmonela havia sido detectada no local em 15 de dezembro de 2021. Ela havia sido encontrada numa peneira na saída de dois tanques de matéria-prima e os produtos feitos a partir deles foram retidos.

O filtro foi substituído e os controles sobre o trabalho em andamento e os produtos acabados foram aumentados, disse a empresa. A fábrica na Bélgica responde por cerca de 7% de todos os produtos da marca Kinder fabricados no mundo anualmente.

A salmonela pode causar sintomas como diarreia, febre e cólicas estomacais e é uma das infecções alimentares mais comuns. Bebês, crianças pequenas, idosos e pessoas com sistema imunológico enfraquecido estão particularmente em risco de desenvolver um curso mais grave da doença.

le (ots)